D. H. Lawrence
David Herbert Lawrence ou D. H. Lawrence (Nottingham, 11 de setembro de 1885 – Vence, 2 de março de 1930) foi um escritor inglês, conhecido pelos seus romances, poemas e livros de viagens.Com uma longa lista de obras publicadas se estendendo por muitos gêneros literários, D. H. Lawrence, inicialmente celebrado por sua proeza na criação literária, embora de modo controverso; passou a ser visto como um representante da ideologia fascista e nazista na literatura. Tendo vivido e produzido quando esta ideologia, norteada pelo anti-semitismo, começava a se desenvolver de maneira mais acentuada e a ganhar peso político. Foi chamado pelo filósofo Bertrand Russell, com quem trocou correspondências amistosas durante algum tempo, por "proto-fascista alemão", quando os contornos da ideologia nazi-fascista passaram a se desenhar de maneira mais clara. E quando Bertrand Russell observou, para seu espanto, o posicionamento do escritor em relação ao estado de coisas da época. Lawrence era um antidemocrata e anti-republicano. Em suas cartas se referia ao mote da revolução francesa "Liberdade, Igualdade e Fraternidade", que viria a culminar em uma das primeiras constituições democráticas e na formação da república, como "A serpente de três presas". Em 1953, Bertrand Russell, escreveu recordando-se de sua relação com Lawrence durante a Primeira Guerra Mundial: "Eu acreditava firmemente na democracia, enquanto ele desenvolveu toda a filosofia do fascismo antes dos políticos pensarem sobre isso". Em uma carta endereçada a Blanche Jennings em 1908, Lawrence teria pré-figurado os campos de extermínio nazistas:
A crítica mais próxima de nosso tempo passou a apontar outros pontos que denotam o anseio antidemocrático do escritor, e sua simpatia por formas de sociabilidade exclusórias e discriminatórias. A crítica Kate Millet classificou a obra de D.H. Lawrence como uma pornografia sádica; e sobre ''Woman Who Rode Away'' afirmou que o conto faz o retrato de um "sacrifício humano imposto sobre a mulher para a maior glória e potência do macho". Embora as personagens femininas de Lawrence geralmente sejam retratadas por ele como personagens fortes e independentes, e fora de sua ficção Lawrence tenha feito declarações positivas sobre a mulher, essas personagens assumem na linha narrativa a forma de um contra-ponto necessário à exaltação de uma "heroicidade" trágica dos personagens masculinos, injustiçados pela "maldade" colocada em ato pela força das anteriores. Entre outros críticos que se debruçaram sobre a obra de Lawrence, pode-se mencionar Brenda Maddox, escritora, jornalista e biógrafa, que disse serem ''St. Mawr'' e ''The Princess'' "obras-primas do ódio às mulheres", e John R. Harrison, que chama a atenção para o evidente sadismo e racismo que percorrem toda a sua obra.
Logo após a sua morte, entre os obituários que a noticiaram houve um consenso quase unânime em tratar o escritor com hostilidade ou pouca simpatia. Não obstante a péssima reputação póstuma de Lawrence, alguns críticos e escritores, como F. R. Leavis e Aldous Huxley, respectivamente, ressaltaram a importância que sua obra teria como uma contribuição à tradição da escrita literária ficcional em língua inglesa. Também os filósofos Gilles Deleuze e Félix Guattari encontraram na crítica que Lawrence faz de Sigmund Freud — apesar da inconsistência dos escritos filosóficos do escritor — um importante precursor de relatos antiedipianos do inconsciente. Fornecido pela Wikipedia
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